Foto: Divulgação
Todo mês de fevereiro de cada ano é a mesma coisa. O povo
não fala em mais nada a não ser sobre o carnaval, daí as academias começam a
lotar pela busca desesperada do corpo perfeito, e pra quem acha que quatro dias
de folia já é o suficiente, imagine quando alguns “espertinhos” resolvem esticar
mais e acabam transformando quatro dias em uma semana.
Pudera, essa festa já acontece aqui desde a época colonial, o
mundo para quando o Carnaval chega, e como muitos já devem saber, a palavra
Carnaval significa “Festa da Carne” ou “Retirar a Carne”, mais ou menos um
jejum que fazia antigamente lá na Grécia Antiga (Obrigada Wikipédia!), mas com
o passar dos anos, e até chegar em nosso país, o povo mudou totalmente o
sentido da Festa, transformou a semana santa, o período da abstinência em “Festa
das carnes, dos corpos, das bundas, dos peitos”, literalmente, porque a cada época,
de festas de salão para escolas de samba, a coisa só veio perdendo totalmente o
sentido.
Quando a coisa perde sua essência, ela nem é mais
considerada aquilo que era chamada antes, e isso é até fácil de perceber porque
é mais comum ouvirmos “bora pro bloco” “hoje tem Ivete em Salvador” “Tem trio
elétrico na avenida” do que qualquer outra expressão parecida com “Carnaval” “Fantasia”
“Festa de Salão” “Confetes” etc etc. É como se o Carnaval de hoje fosse uma brincadeira
de Telefone sem fio, começou com as serpentinas e Arlequim, passando para as
pipas-dos-vovôs-que-não-sobem-mais para o samba no pé (ou com fantasia de 10kgs
sem samba mesmo, Cláudia Leitte que o diga) e muito corpo sem roupa e muito “oba-oba”
sem consideração.
Isso tudo sem contar a violência, porque é nessa época que
os marginais saem das tocas e fazem a festa, então aquele policiamento que os
cidadãos não tem hoje em dia, aparecem em bando para protegerem Deus e o mundo
no Carnaval, a festa onde tudo é possível, possível até ficar com fome para comprar
abadás e gastar milhões em bebidas e entradas vips nos trios elétricos,
possível até tirar uma vida porque agiu sem pensar nos nove meses que viriam
depois e até mesmo culpar o governo de não ter soluções para as incontáveis
doenças que se pegou em uma noite que não vale uma vida.
O verdadeiro carnaval só acontece ainda hoje nas escolas, e
graças a Deus, para as crianças, que ainda encontram um meio de se divertir com
sprays coloridos e máscaras de papel, sem saber que lá fora, no meio de toda
aquela ingenuidade, mora o caminho mais fácil para a auto destruição que leva a
morte. Como minha modelo de inspiração jornalística, Rachel Sheherazade, já
dizia, “O carnaval já foi bom, mas isso foi nos tempos de outrora.”
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