Literatura de Cordel

Será que o cordel é conhecido só no nordeste mesmo? Ou será que tem algo por trás desse preconceito? Simples, a origem do cordel vem lá da idade média, mas a revolução veio mesmo na década de 60, quando um poeta chamado Enéias Tavares, de tanto ouvir a conhecida música “quero que vá tudo pro inferno”, de Roberto Carlos,  percebeu que o cantor merecia uma resposta, como se o próprio diabo respondesse a queixa. Sarcástico não? Foi aí que surgiu os primeiros impressos nos varais, eram feitos a mão, podiam ser uma história ou um diálogo de duas pessoas, maioria eram improvisados e até hoje tem vários gêneros como quaisquer livros, e atualmente é mais concentrado em feirinhas especializadas em produtos do nordeste.

Aí são os cordéis que possuo, e aqui deixo um trechinho de um que eu gosto muito do Marcos Silva, de apoio cultural do cearáqui, que se chama “A história da Dracma Perdida”.

“Mas lembre de uma coisa/Se estais na escuridão/Acenda logo a luz/Clareie sua visão/Assim ficará fácil/De tomar a direção.

Se não acender a luz/E no escuro procurar/Com certeza vai cair/Rapidinho vai tombar/Não encontra o que procura/Ainda vai se machucar.

Amigo quando eu falo/Para você acender a luz/Me refiro a verdadeira/Que a todos nos conduz/E essa luz tem um nome/O nome dela é JESUS!”

Viu como não é difícil fazer um? O tom matuto é a essência do cordel, e naquela época eles também não tinham exigência quanto ao caso dos analfabetos, que podiam criar suas histórias comumente. Cordel é cultura, oxente!!! Se quiser saber mais do cordel, acessa o link que eu vou deixar aí. Beijos :*

Fonte: guiadoestudante

K. Sthéfany